27 de Março Dia Internacional do Circo

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O dia do circo foi criado em homenagem ao palhaço Piolim, Abelardo Pinto, que comandou o circo Piolim por  mais de trinta anos. 
Seu pai havia sido dono de circo quando Abelardo ainda  era pequeno, local onde aprendeu a tocar violino, a fazer contorcionismos e acrobacias. 
A data foi instituída em razão de seu nascimento, no ano de 1897, em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. 
Abelardo chegou a fazer espetáculos beneficentes, junto com um grupo de artistas espanhóis, que lhe deram o apelido de Piolim, que significa barbante, devido às pernas compridas e também por sua magreza. 
Piolim era engajado com os movimentos artísticos e culturais, sempre preocupado em divulgar a arte como forma de expressão cultural. 
Foi homenageado pelos intelectuais da semana de arte moderna (Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfati, e outros) em 1922, como o maior artista popular brasileiro. 
Em dois de agosto de 1931 recebeu uma homenagem de Mário de Andrade, através de uma crônica que demonstrava eu encantamento com a arte do circo de Piolim. Um dos maiores sonhos desse palhaço era montar uma escola circense, para manter as tradições artísticas e culturais do circo, mas morreu antes de concretizá-lo, aos 76 anos de idade, no ano de 1973. 
 
Piolim e Alcebíades são palhaços, o que quiserem, mas são os únicos elementos nacionais com que conta o nosso teatro de prosa. Devem servir de exemplo, como autores, para os colegas que os desprezam e ignoram. (Antônio de Alcântara Machado). Ele revolucionou o picadeiro, como nós, seus amigos, revolucionamos as letras e as artes. (Menotti del Picchia). 
Os únicos espetáculos teatrais no Brasil que a gente ainda pode freqüentar são o circo e a revista. Só nestes ainda tem criação. Não é que os poetas autores de tais revista e pantomimas saibam o que é criação ou conservem alguma tradição efetivamente nacional, porém as próprias circunstâncias da liberdade sem restrições e da vagueza destes gêneros dramáticos permite aos criadores deles as maiores extravagâncias. Criam por isso sem leis nem tradições importadas, criam movidos pelas necessidades artísticas do momento e do gênero, pelo interesse de agradar e pelas determinações inconscientes da própria personalidade. Tudo isto são  
imposições que levam à originalidade verdadeira e à criação exata. (Mário de Andrade).