Prêmio IPL 2017: entrevista com Volnei Canônica, membro da comissão julgadora

Em bate-papo com os jornalistas da Plataforma Pró-Livro, o diretor do Centro e do Clube de Leitura Quindim e colunista do Publishnews falou sobre as expectativas para a edição deste ano do Prêmio Retratos da Leitura, sobre a importância de se premiar projetos de bibliotecas e contou um pouco sobre os bastidores da premiação IPL – Qual é a importância de um Prêmio como o Retratos da Leitura? Canônica – É importante ter um prêmio com a abrangência do Retratos da Leitura porque precisamos identificar todos os projetos que estão aí trabalhando e batalhando para fazer deste Brasil um país de leitores. E é fundamental que as pessoas se reconheçam e saibam que não estão sozinhas fazendo esses belos trabalhos. Dar luz às iniciativas que já existem as fortalece e inspira a criação de muitas outras. Por outro lado, a premiação ajuda a sociedade a entender o papel das bibliotecas, das instituições, dos veículos de mídia e da cadeia produtiva do livro nesse processo. O Prêmio ainda permite que as instituições possam dialogar sobre esses projetos, que a própria mídia que possa divulgá-los e que bibliotecas realizem parcerias. Os ganhos são enormes. IPL – Em que fase da avaliação dos projetos estamos? Canônica – Estamos numa etapa de olhar os projetos, fazer uma primeira avaliação e entregar para os jurados os dez finalistas. Toda comissão conhece muito a área, as dificuldades, as realidades de cada categoria. E isso vai dar um bom panorama para chegarmos aos dez finalistas de cada uma delas. Estamos fazendo um exercício de alinhamento dos critérios com os especialistas, para sermos justos.   IPL – Premiar bibliotecas é uma forma de incentivar governos a investir em bibliotecas públicas? Não tenho dúvida, premiar bibliotecas mostra pro governo a importância desse espaço, que é o espaço mais democrático de acesso à leitura no País. Inclusive, há bibliotecas em quase todo o território nacional. Trata-se de um lugar simbólico de diálogo, que precisa ser ocupado pela sociedade e valorizado por ela. Então, cabe ao governo entender esse espaço como um local nobre da sociedade: de discussão, de intenção de transformações de um município, de um estado; fundamental para a formação de cidadãos.