Entrevista: Luciana do Vale, da comissão julgadora do Prêmio IPL

Assessora da Coordenação Executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) durante 6 anos, Luciana participou da construção, da implementação do PNLL e da estruturação do Mapa de Ações do PNLL. Integrou a equipe de Coordenação Técnica do projeto “O Livro e a Leitura nos Planos Estaduais e Municipais” do Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Plano Nacional do Livro e Leitura. Foi consultora para a UNESCO na análise e estudos da área de livro e leitura e da elaboração de planos de livro e leitura nos municípios e estados. Atualmente, é curadora da Plataforma Pró Livro e jurada do Prêmio Retratos da Leitura. Em conversa com os jornalistas da Plataforma, ela comentou sobre a importância de premiar iniciativas de incentivo à leitura organizadas por elos da cadeia produtiva: Qual é a importância do Prêmio Retratos da Leitura? O reconhecimento de pessoas que estão fazendo propostas para a área de leitura, mediação, promoção de leitura e valorização da questão da leitura no Brasil, um país tão grande como o nosso, mas que muitas vezes deixa isso de lado, em meio a tantas necessidades urgentes. Quais são suas expectativas para a premiação? Que a gente possa trazer à luz a ações e projetos que estão sendo feitos em cantos escondidos do Brasil, aos quais às vezes a gente não tem acesso. Quais são suas impressões sobre os projetos inscritos até agora? Me surpreendeu positivamente reencontrar algumas iniciativas que eu já conhecia mas que não ouvia falar há algum tempo. Fiquei muito feliz em saber que continuam em ação. Isso me dá a certeza de as pessoas que trabalham com leitura trabalham com paixão. Premiar elos da cadeia produtiva do livro fortalece o setor como um agente poderoso na transformação do Brasil em um país de leitores? Eu acho muito importante que a cadeia produtiva também assuma sua parte na questão do incentivo à leitura. Esse é um tema que o próprio IPL já traz em sua própria história. Quando trabalhamos com formação de leitores, alimentamos toda uma estrutura que envolve alfabetização, na educação formal, mas também a questão da leitura por prazer.