E a campanha Mãe, Lê pra mim? continua…

Com o objetivo de valorizar o papel da família no incentivo à leitura, o Instituto Pró-Livro, entidade do setor privado sem fins lucrativos, mantida por contribuições voluntárias de editoras com o objetivo principal de estimular a leitura, fez a entrega de obras infantis e juvenis para pontos de leitura de São Paulo que trabalham com mães, crianças e adolescentes. O  encontro aconteceu na quinta-feita, dia 3, na sede do IPL, com a presença das ONGs Projeto Casulo, Casa do Chiquinho e Estrela do Amanhã com mais de 4 mil obras  doadas. 
 
Os kits com livros infantis e juvenis fazem parte do projeto Mãe, Lê pra mim? que nasceu inspirado nos resultados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. A pesquisa revelou, entre outros dados importantes, que 73% das crianças têm em sua mãe a maior influência para criar o hábito da leitura. “Já que são as mães as principais incentivadoras de leitura, destinamos a elas  
essas obras para que continuem a ler e despertar em seus filhos o prazer pela leitura”, disse a gerente de projetos do Instituto Pró-Livro e coordenadora da campanha, Zoara Failla. 
 
Para a presidente da Casa do Chiquinho, Ivete dos Reis  Andrade, as mães devem se sentir valorizadas com um  projeto voltado à elas. “O nosso objetivo é utilizar esses kits para que as mães leiam os livros para os filhos e depois eles possam reproduzir a história em forma de  
pintura”, conta, lembrando que alguns livros serão enviados para mães que estão em presídios de São Paulo. “Uma vez por mês os filhos visitam essas mães e assim poderão passar um tempo diferente com elas”, afirma. A entidade atende idosos, mães e crianças a  partir dos 6 anos. 
 
O Projeto Casulo, que atende crianças entre 10 e 14 anos, terá um tempero a mais para fomentar a leitura. “Já temos uma série de propostas nesse sentido e vamos  
aumentar o acervo de nossa biblioteca, além de democratizar o acesso aos livros”, falou a diretora Maria Cristina Lara Mota. 
 
A diretora da entidade Estrela do Amanhã, Conceição Aparecida Nascimento Christensen, diz que o projeto Mãe, Lê Pra Mim? já deu resultados positivos na comunidade do bairro do Limão, onde eles atuam. “Também recebemos esses kits na Bienal do Livro de São Paulo em agosto do ano passado e percebemos que houve uma diminuição de conflitos entre as mães nessa  
comunidade” afirmou. “Ler ampliou a visão de mundo e estimulou mudanças no vestuário e até no falar dessas mulheres”, contou. A ONG atende 78 crianças e há uma fila de espera de 180 crianças.