LIVROS – presente para uma história de vida

A Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (segunda edição) revelou que 85% dos não leitores, nunca foram presenteados com livros.

O Instituto Pró-Livro, estimulado por essa constatação e acreditando no poder transformador da leitura,  convida a todos a participarem desta  Campanha com a expectativa de que muitas crianças sejam presenteadas com livros neste Natal.

O IPL propõe também revelar a descoberta do prazer da leitura. Conte como foi seu primeiro encontro, nos enviando sua história para instituto @institutoprolivro.org.br para publicarmos em nosso site.

Vamos divulgar em nosso site, em:

Revelações de amantes: COMO FOI SEU PRIMEIRO ENCONTRO, AMOROSO, COM OS LIVROS?

O primeiro LIVRO a gente nunca esquece…

Zoara Failla

“Não era bem um livro, desses com capa e páginas que folheamos e que se abrem em V.
Foi meu presente de Natal. Tinha sete anos e estava concluindo a primeira série. Meu pai retornava a nossa casa, desempregado. Era o presente que conseguia comprar. Nunca mais esqueci.
Uma caixinha amarela com um título: “1001 histórias”. Abria como um envelope, e, dentro, muitas folhas brancas, impressas dos dois lados. Eram grossas como fichas. Sempre iniciavam com a indicação do CAPÍTULO, indo do Capiítulo I ao Capítulo X; mas, havia dez capítulos  de cada um: dez capítulos I, dez capítulos II e, assim, sucessivamente. O Capítulo I sempre iniciava com “Era uma vez…” e o Capítulo X, finalizava sempre com … “E foram felizes para sempre”.
Assim, podia combinar cada folha – ou capítulo – como quisesse, sempre seguindo a seqüência dos capítulos de um a dez, e surgia uma nova história. Não era uma grande literatura. Eram enredos simples inspirados nas clássicas histórias de princesas, príncipes e castelos. Mas, me fascinava aquele “protagonismo” na criação da história. E o principal, lia muito para confirmar se qualquer mistura possibilitava uma seqüência que fazia sentido. Queria chegar a 1001 histórias. Não sei se matematicamente chegaria a esse número. Mas não importava.  Guardava aquela caixinha como se contivesse muitos mistérios e como se, somente eu, soubesse revelá-los.
Sei, hoje, que foi um presente de enorme significado – minha iniciação nos prazeres da leitura.”

Saiu na Mídia:

Correio Braziliense

Guia do Estudante